PREÇOS ALTOS
O objetivo das compras (que não tiveram os valores revelados), é tentar controlar os custos
Com a escassez de oferta de milho no Brasil e a disparada de preços do cereal no cenário doméstico, as grandes empresas brasileiras de commodities agrícolas estão se socorrendo do mercado externo. Agora é a BRF, maior processadora de aves do país que anunciou ter comprado alguns carregamentos de milho da Argentina e do Paraguai.
O objetivo das compras (que não tiveram os valores revelados), é tentar controlar os custos, disse a gigante brasileira empresa esta semana. De acordo com dados oficiais do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nos três primeiros meses deste ano de 2021 as importações aumentaram 90% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, os preços domésticos do milho atingiram máximas e recordes nas últimas semanas, mais do que dobrando de valor nos últimos 12 meses. Na Bolsa de Valores B3, de São Paulo, os contratos futuros ultrapassaram pela primeira vez na história o teto de R$ 100 por saca e seguem uma clara tendência de valorização, suportada pelo impacto do clima adverso nas principais regiões produtoras de milho brasileira, especialmente com estiagem prolongada no Centro-Oeste.
“Poderemos ver volumes significativos de milho vindo da Argentina, já que o país tem grãos disponíveis para exportar”, disse Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em entrevista citada pela agência Bloomberg. De acordo com ele, além da BRF, mais cinco empresas pretendem importar milho, e por isso a ABPA já solicitou ao governo brasileiro que prorrogue a isenção do imposto de importação do cereal de fora do Mercosul.
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Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Publicado em 16/04/2021 às 08:16h.
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