Chuvas em excesso podem prejudicar o trigo.
A escassez de chuvas pode causar prejuízos às lavouras de trigo, comprometendo todas as fases do ciclo produtivo. Sem umidade suficiente no solo, as sementes encontram dificuldades para germinar, e o crescimento vegetativo das plantas é limitado, afetando sua capacidade fotossintética. Contudo, o excesso de chuvas também representa um desafio para a produção de trigo, causando encharcamento do solo e prejudicando a oxigenação das raízes, o que limita a absorção de nutrientes e o crescimento das plantas. Além disso, a alta umidade favorece doenças fúngicas, como ferrugem e giberela, que comprometem a sanidade e a produtividade. O excesso de água pode atrasar o ciclo de desenvolvimento e dificultar a maturação, expondo a lavoura a riscos climáticos tardios, como geadas. Na colheita, solos saturados dificultam o uso de máquinas e aumentam o risco de perdas, além de favorecer a germinação de grãos na espiga, reduzindo a qualidade e o valor comercial.
Há alguns meses se os triticultores enfrentavam o problema do baixo volume de chuvas, atualmente o excesso pode estar causando prejuizos nas lavouras do Paraná, que estão em fase final de ciclo. Vale lembrar que, em 2023, o Paraná foi o maior estado produtor do cereal do Brasil e, neste ano, deve se configurar como segundo maior. Até o momento, a Seab/Deral aponta que 79% da área de trigo do Paraná já foi colhida.
Pesquisadores do Cepea indicam que a expectativa ainda é de que o restante das lavouras do estado apresente trigo de melhor qualidade, com rendimentos no campo superior ao do cereal que já foi colhido, mas as recentes chuvas já preocupam. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, produtores também estão atentos ao clima, e as atividades de campo estão no início – em ambos estados, a colheita soma apenas 1% da área.
Fonte:
Agrolink - Aline Merladete
Publicado em 22/10/2024 às 09:27h.
Chuvas em excesso podem prejudicar o trigo